domingo, 1 de outubro de 2017

Não é aleatório... As elites & estratégias de manipulação

De tão usual, tão cotidiano e batido que até parece fazer parte do cenário, da paisagem, ou seja, parece natural, mas nada é aleatório, existe os intelectuais orgânicos do sistema que pensam e repensam tudo, inclusive para nos fazer crer que é tudo normal..

Confira, vale a reflexão!

"Elites & estratégias de manipulação

"Manter uma sociedade dividida – em grupos minoritários que não conseguem constituir-se em maioria capaz de questionar a hegemonia em vigor – é a melhor forma para a reprodução do sistema"

Usadas pelas elites para controlar a opinião pública, sistematizadas por Noam Chomsky**, as estratégias de manipulação da mídia estão, mais do que nunca, na ordem do dia. Segundo a ensaísta Marta Harnecker (Tornar possível o impossível. Rio, Paz e Terra, 2000), o neoliberalismo também tem um projeto social: promover a máxima fragmentação da sociedade, o que nos autoriza a formular:

A Estratégia da Fragmentação

Este é o grande projeto social do neoliberalismo. Porque manter uma sociedade dividida – em grupos minoritários que não conseguem constituir-se em maioria capaz de questionar a hegemonia em vigor – é a melhor forma para a reprodução do sistema. A base para manter estes grupos isolados entre si, ou sujeitos a relações contraditórias, é procurar desorientá-los quanto aos seus objetivos comuns, impossibilitando que assumam lutas coletivas. A sociedade fragmentada implica uma maioria – até o povo inteiro – que perdeu o rumo da própria causa nacional. Essa política de desorientação social atua em três níveis:

a) a atomização da sociedade em grupos com escasso poder;
b) a orientação desses grupos para fins parciais;
c) anulação da capacidade negociadora para celebrar pactos, impedindo-se que se crie espaços que possibilitam projetar objetivos compartilhados por todos, dando lugar a acordos e alianças,
d) donde que o fim das ideologias se torna “fato histórico” e não mais “decorrência duma estratégia de manipulação”.

Por outro lado, fomenta-se a cultura do naufrágio, do “salve-se quem puder”, que rejeita qualquer solução coletiva.

A Estratégia da Distração ou Besteirol

(É o antiquíssimo Febeapá de Stanislaw Ponte Preta ou Sérgio Porto, o Festival de Besteiras que Assola o País desde 1950, porque as manobras de controle são mais velhas do que andar para trás, apenas se travestem de novidade).

Consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e mudanças fundamentais decididas pelas elites políticas e econômicas mediante a técnica do dilúvio de besteirol, inundando-se a programação diária com todo o tipo de entretenimento e informações irrelevantes tipo big brother, luciana gimenez, gols da rodada, ratinhos, talk-shows, igrejas universais, globaboseiras, etc.

Visa a impedir que o público se interesse por informações importantes, essenciais nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética. Pois é preciso mantê-lo longe dos verdadeiros problemas sociais, ocupadíssimo com bobagens, sem nenhum tempo para pensar. São as “armas silenciosas para guerras tranquilas”;

A Estratégia do Você Decide

Cria-se um problema, uma situação que incite uma forte reação do público, de forma que este pareça o mandante de medidas que a elite deseja fazer aceitar. Por exemplo, promover o aumento da violência urbana ou a execução de atentados sangrentos, para que o povo vote por rígidas leis de segurança em prejuízo da liberdade. Vide a política da “justiça infinita” do Bush pós-11 de setembro, interna e externa.

Outra forma é criar uma crise econômica para fazer aceitar, como mal necessário, o retrocesso de direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos, o que, sem dúvida, nos leva ao próximo passo;

A Estratégia da Degradação

Para que se aceite o inaceitável é preciso que algo se degrade progressivamente ao longo do tempo, digamos, uns dez anos.
Foi assim que condições socioeconômicas radicalmente novas, absurdas e desumanas puderam ser impostas nas décadas de 80 e 90: desemprego em massa, precariedade, informalização, flexibilidade, reassentamentos, salários penalizados – mudanças que teriam provocado uma revolução se aplicadas de forma brusca;

A Estratégia da Mediocrização

Pregar a incapacidade da população em compreender as tecnologias e os métodos usados para o seu controle e sua escravidão. A educação dada às classes inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância entre as superiores e as inferiores se torne intransponível. Ou seja: mais um pouco e temos um sistema de castas, como na Índia, todas incomunicáveis entre si – é o que chamamos uma sociedade estática!

Sem mobilidade de classes, sem possibilidade de ascensão ou trânsito entre elas, donde se decreta a morte do cidadão por asfixia social! Mas isso se contorna, promovendo-se a complacência na mediocridade, isto é, que a população considere exemplar todo aquele que é medíocre. Dele, povo, será o reino dos céus.

Porque o dessa terra, adivinhe de quem é, cara pálida?

MDidier/CongressoemFoco

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