domingo, 30 de julho de 2017

Manifestantes, e paneleiros, arrependidos? Não, mesmo!


É um grande equivoco achar que os manifestantes e ‘bate panelas’ que serviram de massa de manobra, quando saíram às ruas combatendo o governo, manifestações estas que concorreram para a relativização do processo democrático no país e que levaram ao golpe, estariam tendo, agora, diante do “quadro dantesco” plantado, alguma postura e/ou atitude de autocrítica.

O que garante a sua fidelidade, entre aspas, ao ideário pregado à época e que levou a destituição da presidente eleita, foi a fonte de informação. É isso! A fonte de informação que os cativou/arregimentou para saírem às ruas. O que poderíamos resumir pelo o ‘ícone mor’, o JN.

Por mais que o dito cujo grupo editorial Globo, volta e meia faça alguma critica muito bem estudada ao governo de plantão, o objetivo não é esclarecer ou reconhecer alguma contradição no processo, é só mais uma forma de demonstrar para aqueles que ‘ainda pensam’ de alguma maneira, apesar de se prostrarem à sua frente, que ele, o jornal, continua merecendo a sua confiança, tanto é que ‘sabe’ criticar quando é devido.

O objetivo é garantir a fidelidade do “da poltrona”, logo, imaginar que os ditos paneleiros estariam fazendo algum processo de autocrítica e/ou reavaliação de sua ação e do governo que ajudaram a postar no Planalto, é um ledo engano.

Logo, a “lição” que o autor sugere que estariam aprendendo...
"Situação do País deve servir de lição a quem bateu panelas, Florestan
              Em sua página no Facebook, o jornalista Florestan Fernandes Júnior critica a corrupção em que Michel Temer está submerso e o espírito de corpo do Congresso Nacional, que ignora literalmente os mais de 200 parlamentares delatados pela Odebrechet e pela J&F; "Espero que pelo menos tudo isso que está acontecendo no Brasil sirva de lição para as pessoas que bateram panelas, vestiram a camisa da seleção brasileira e fizeram parte da coreografia de um espetáculo dantesco orquestrado pela grande mídia do país”.

O Congresso ignora literalmente os mais de 200 parlamentares delatados pela Odebrechet e pela J&F. Nenhum processo foi aberto nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado. Os processos foram devidamente arquivados antes mesmo de serem analisados. Até a representação contra Aécio Neves, que foi gravado pedindo propina de 2 milhões para o empresário Joesley, acabou nos arquivos do senado.

Nem as imagens do dinheiro sendo entregue em 4 maletas ao primo dele em uma ação gravada em vídeo pela PF comoveram os nobres parlamentares que apoiam o governo Temer. Tudo isso fecha de maneira melancólica o processo que se iniciou sob o comando do "honestíssimo" deputado Eduardo Cunha no dia 17 de abril de 2016 que levou ao impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma, colocando em seu lugar o homem que Joesley diz ser o chefe da quadrilha.

Espero que pelo menos tudo isso que está acontecendo no Brasil sirva de lição para as pessoas que bateram panelas, vestiram a camisa da seleção brasileira e fizeram parte da coreografia de um espetáculo dantesco orquestrado pela grande mídia do país.

Por Florestan Fernandes Júnior, em seu Facebook - A corrupção verde amarela.


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