sábado, 10 de junho de 2017

Facebook é mídia? E você, costuma se informar por lá?


A reflexão abaixo – na rádio USP – é bem oportuna, haja vista o grande domínio que as redes sociais estabeleceram sobre os corações e mentes de tanta gente mundo afora, sobretudo o suprassumo da coisa, – como tamanho, alcance – o Facebook.

É um programa que foi criado como entretenimento e vem sendo considerado por muitos, mesmo, como fonte real de informações, quando se sabe que cada um fala/escreve o que bem quer e na forma que considera mais interessante ou conveniente, logo, bem longo daquilo que, pelo menos em tese, pode ser considerado notícia.

O problema é que muitos, com certeza, dentre os1, 8 bilhão de usuários regulares, segundo o ‘dono’, Mark Zuckerberg, consideram o que lhe aparece na ‘home page’ como notícia.

Nos  limitamos a ‘falar’ sobre o Facebook, mas o raciocínio vale para todas as redes sociais – com ressalvas para o Twitter, que fugiria um pouco à regra por ser “menos pessoal” – onde a liberdade de criação é plenamente livre e cada um fala/publica o que bem quer.

Como salientamos acima o Twitter fugiria à regra.

Claro que nem tudo publicado “é mentira”, como sugere o autor do artigo abaixo. Mas qual critério eleger para discernir uma coisa da outra?

Também sabemos que a mídia convencional – que pelo menos em tese deveria noticiar efetivamente os fatos, verdadeiramente os fatos, a notícia – não é o reino da verdade, como fica meio que implícito no artigo – pois quem usa sabe que à verdade, muitas vezes cabem inúmeras aspas. Claro que com ressalvas, já que não dá para colocar ‘todo mundo’, todo veiculo de mídia, no mesmo saco.

Mas, pelo menos o puramente factual, costuma ser mais ‘nos conformes’, embora nem sempre, já que os critérios editorias/ideológicos, senão econômico-financeiros, funcionam como filtros da realidade, como critério de escolha do que veicular/publicar.

Logo, não dá para incensar tanto assim a tal mídia convencional, mas ele tem razão quando afirma que são (seriam) as fontes mais ‘confiáveis’, e considerar as redes sociais como mídia, como fonte confiável de informação, seria... No mínimo, e melhor não adjetivar.

Mas, o problema existe. A quantidade de usuários que considera, que acredita, que usa como fonte de informações e, é claro, que deve pautar seus pensamentos, decisões e atos em função de que ‘vê’ por lá é real.

Claro que tem coisas reais, informações, notícias por lá. Pontualmente e não como veiculo de mídia, e adotar critérios, sobretudo buscar outras fontes, o contraditório, a confirmação, a contextualização do que vê, ouve e lê, seria a atitude mínima para não fazer papel de, como poderia dizer: alienado? Trouxa?
Rede social não é mídia, assim como a mentira não é a verdade
Segundo Luli Radfahrer, não se pode confundir mídia, que diz a verdade, com Facebook, reino da mentira

Não se pode confundir rede social com mídia, há uma grande diferença entre elas. O Facebook, assim como o Youtube, é uma empresa de entretenimento, e como tal deve ser encarado. Quanto mais tempo o usuário fizer uso do serviço que oferece, maior será seu lucro, ainda que seu domínio seja o reino da mentira e do discurso preconceituoso. Segundo o colunista Luli Radfahrer, há uma fronteira muito tênue, hoje, entre o que é entretenimento, o que é serviço e o que é notícia.

A notícia é responsabilidade da mídia, que possui autoridade para tratar de determinados assuntos de interesse social. Na mídia é onde está a verdade, enquanto no Facebook predominam os boatos e as polêmicas, que só estão ali para gerar uma reação por parte do usuário. Nesse jogo, vale tudo para “segurar” o usuário.

Radfahrer entende ser necessário enquadrar empresas como o Facebook ou o Youtube numa categoria única – quer seja de mídia, quer seja de entretenimento ou simplesmente uma rede social. Quando uma rede social é enquadrada numa lei de mídia, corta-se tudo que é falso ou mentiroso. Isso traz a vantagem adicional de tornar a imprensa muito melhor.

Se quiser ouvir na Radio USP, clique aqui


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