sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Corporativismo judiciário se auto-sacraliza. Juízes querem “eleger” ministro do STF

A justiça no Brasil virou – virou não, pois já estava sendo há já um bom tempo a casa da mãe joana” e assume sem pejo, sem vergonha, sua nova função auto-proclamada.

Tornou-se uma instância inédita dentro do conceito de Estado Moderno, o poder que está se coloca acima dos demais como o vértice sagrado e luminoso do triângulo tradicional e, diga-se de passagem, democrático.
"Corporativismo a mil. Juízes querem “eleger” ministro do STF
O corporativismo do Judiciário não está só da defesa imoral dos “auxílio-moradia” e os vencimentos “rompe-teto” (além, é claro, do “eu prendo porque posso”).

Agora, a Associação de Juízes Federais, a Ajufe, lançou uma eleição, ilegal e improvisada, para indicar o novo ministro do Supremo, que substituiria Teori Zavascki, através de uma lista tríplice na qual, segundo o “edital” publicado, “não será considerada a indicação de candidato que não seja magistrado federal”.

Nem mesmo juiz e desembargador estadual “pode”, que dirá professores, advogados e juristas de alto saber.

“É nóis na fita”.

Desculpem a palavra, mas é a esculhambação geral da Justiça.

É tão bacaninha o troço que pode-se votar ” exclusivamente pelo email consulta@ajufe.org.br ou pelo Whatsapp do telefone (061) 991009411″. Quer dizer, nem sigilo do voto tem, porque os dirigentes da Ajufe ficam sabendo em quem votou cada associado.

O Congresso em Foco insinua que é para produzir uma “demonstração  de apoio político”.

Adivinhe em favor de quem?

Pobre do Dr. Sérgio Moro, um homem tão discreto, tão avesso a holofotes, solenidades e eventos, ser envolvido numa votação improvisada. só para sair modestamente conformado… “eu não queria, mas já que vocês insistem…”

A magistratura brasileira perdeu o decoro, mesmo.


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