segunda-feira, 27 de junho de 2016

As eleições municipais são a base, de fato, dos poderes em Brasília. Pense nisso na hora de votar!


Parece uma instância de poder tão miúda, sobretudo se pensarmos em um dos 5.570 municípios espalhadas pelo país, quando algo em torno de 60 % da população vive em cidades de até 100 mil habitantes com 75 % dos eleitores ou 101,5 milhões de votos, (dentre os 141,8 – IBGE/2014) para vermos ou atribuirmos maior importância a uma eleiçãozinha assim, chinfrim, não é verdade?

O pior é que vemos assim mesmo... Como uma coisa chinfrim. E costumamos votar assim, chinfrim...

Lá, nos pequenos municípios espalhados pelos rincões mais distantes do centro de poder maior – os governos estaduais e o DF – é onde se gesta esta coisa medonha que paralisa o país, que é o ‘toma lá da cá’, embora em dimensões infinitamente menores, comparativamente, até insignificantes, com o que sabemos e que é, praticamente, a tônica nestas instâncias maiores – Estadual e Federal.

Entretanto, é o jardim da infância dos políticos – deputados e senadores – que compõe, em numero e/ou volume uma parte considerável das “elites políticas”, que fazem o país patinar – como agora com o golpe – e os direitos da população se reduzirem a uma infinidade de leizinhas esquecidas em alguma gaveta metafórica tanto nos meandros dos tribunais como nas cabeças dos “representantes do povo”.

O que vemos hoje em torno do golpe, que chutou as instâncias democráticas tão penosamente conquistadas, é um exemplo “cuspido e escarrado” desta cultura política que tem suas raízes nos rincões diminutos, em sua maioria, que ‘infestam’ o território nacional.

A cadeia política que se inicia no vereador até o senador e passando pelos deputados estaduais e federais, surge de forma bizarra, já que pra eles, é só receber o voto e considerar o eleitor apenas por ocasião das novas eleições, usando, no máximo, seus préstimos para beneficiar as elites locais.

Não temos a cultura de seguir-lhes os passos, o desempenho ao longo do mandato, o que lhes dá carta branca, literalmente, inclusive, ou, sobretudo, para irem não só contra os interesses do eleitor como do próprio país, sem que este – o eleitor – se dê conta.

Logo, você é o culpado! Entre aspas. Você que vota “compadremente” ou “comadremente” nas cidadezinhas onde tem domicilio eleitoral. O que acontece em Brasília é reflexo direto de seu voto.

Aproveita esta oportunidade de crise institucional brava, que de uma forma ou de outra vai pegar toda a população, caso este golpe se confirme, mesmo aqueles que em primeira hora entraram na esparrela de apoiar o golpe, e conheça o “seu” vereador, de fato.

Sem alarde, descubra a quais deputado, estadual e federal, ele está ligado, servindo, e se informe sobre as atuações desses deputados, sobretudo agora nesse contexto de ruptura das leis e da democracia, e só então confirme a sua intenção de votar no “seu “vereador”.

Logo, não importa quem ele seja aí no interior, o importante é a quem ele serve de apoio nas estâncias superiores. Ou seja, em qual “catecismo ele reza”.

Pense nisso!

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