Como pode ver abaixo, o esquema de propinas
em São Paulo denunciado pela própria empresa, a Siemens, com o governo Alckmin,
não se limitou apenas a ele, e sim a todo governo do PSDB que já comanda São Paulo
há 20 anos, ou seja, o Mario Covas, José Serra e o Geraldo Alckmin.
Vamos esperar pra ver as matérias de capa da revista
Veja, ou Óia, para os íntimos, sobre este mar de lama, mesmo, e não aqueles editados
ou criados pela “criatividade” da revista e seus editores.
Reportagem aponta que nos governos de Geraldo Alckmin, mas também de
José Serra e Mario Covas, cerca de US$ 50 milhões teriam sido desviados das
obras do metrô; denúncia da Siemens, que decidiu colaborar com a Justiça, lança
luzes sobre o esquema; Alckmin será, agora, alvo de ação de improbidade
247 - Uma denúncia feita pela multinacional alemã Siemens, que acusou formação
de cartel nas obras do metrô, em São Paulo, e decidiu colaborar com a Justiça,
poderá trazer sérias complicações ao governador Geraldo Alckmin. De acordo com
reportagem da revista Istoé, publicada neste fim de semana, foi montado um
"propinoduto" relacionado às obras do metrô, que teria desviado US$
50 milhões nos governos de Alckmin, mas também de José Serra e Mario Covas.
Alckmin será, inclusive, alvo de uma ação de improbidade. Leia, abaixo, a
reportagem de Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas:
O esquema que saiu
dos trilhos
Um propinoduto
criado para desviar milhões das obras do Metrô e dos trens metropolitanos foi
montado durante os governos do PSDB em São Paulo. Lobistas e autoridades
ligadas aos tucanos operavam por meio de empresas de fachada
Alan Rodrigues,
Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas
Ao assinar um
acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a
multinacional alemã Siemens lançou luz sobre um milionário propinoduto mantido
há quase 20 anos por sucessivos governos do PSDB em São Paulo para desviar
dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos. Em troca de imunidade
civil e criminal para si e seus executivos, a empresa revelou como ela e outras
companhias se articularam na formação de cartéis para avançar sobre licitações
públicas na área de transporte sobre trilhos. Para vencerem concorrências, com
preços superfaturados, para manutenção, aquisição de trens, construção de
linhas férreas e metrôs durante os governos tucanos em São Paulo – confessaram
os executivos da multinacional alemã –, os empresários manipularam licitações e
corromperam políticos e autoridades ligadas ao PSDB e servidores públicos de
alto escalão.
O problema é que a prática criminosa, que trafegou sem restrições
pelas administrações de Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, já era alvo
de investigações, no Brasil e no Exterior, desde 2008 e nenhuma providência foi
tomada por nenhum governo tucano para que ela parasse. Pelo contrário. Desde
que foram feitas as primeras investigações, tanto na Europa quanto no Brasil,
as empresas envolvidas continuaram a vencer licitações e a assinar contratos
com o governo do PSDB em São Paulo. O Ministério Público da Suíça identificou
pagamentos a personagens relacionados ao PSDB realizados pela francesa Alstom –
que compete com a Siemens na área de maquinários de transporte e energia – em
contrapartida a contratos obtidos. Somente o MP de São Paulo abriu 15
inquéritos sobre o tema. Agora, diante deste novo fato, é possível detalhar
como age esta rede criminosa com conexões em paraísos fiscais e que teria
drenado, pelo menos, US$ 50 milhões do erário paulista para abastecer o
propinoduto tucano, segundo as investigações concluídas na Europa.
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