sábado, 27 de julho de 2013

Criada CPI da Espionagem para investigar braço da CIA. Governo FHC tem muito a explicar



A pista mais evidente sobre as ações de espionagem feitas no Brasil pelos EUA, denunciadas recentemente, é o ex-presidente FHC, do PSDB, como pode conferir na matéria abaixo. A tal CPI que irá investigar o tema deve tê-lo em primeiro lugar na lista para prestar esclarecimento.

Se bem que muitas CPIs são instaladas, ao que tudo indica pelo histórico de muitas delas, apenas para dizer que fizeram alguma coisa ou “deram alguma satisfação” sobre o tema escabroso em estudo, ou seja, podem se limitar apenas a “encher linguiça” para dizer que apuraram alguma coisa, e ser usada pelo “acusado” para se safar ou para limpar a sua ficha, pois, a tal CPI, com certeza, vai estar infestada de parlamentares do seu partido, o PSDB.

O Congresso tomou a decisão incontornável diante de sua obrigação soberana: por iniciativa da Senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, será instalada uma CPI da Espionagem  para investigar a base de operação da CIA que operou diuturnamente em território brasileiro, pelo menos até 2002.
A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos. Há outras perguntas de vivo interesse do momento político nacional, que uma CPI não pode ignorar. O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional? Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais e mesmo de autoridades avulsas? Ainda opera?
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito tem a obrigação de se debruçar sobre essas e outras indagações, de evidente relevância nos dias que correm. Há, ainda, coincidências que gritam por elucidação. A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz Allen, na qual trabalhava o agente Snowden, é uma das grandes corporações de consultoria mundial.
No governo FHC, ela foi responsável por estudos estratégicos contratados pela esfera federal. Inclua-se aí desde o “Brasil em Ação” (primeiro governo FHC) até o “Avança Brasil” (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização e de reestruturação do sistema financeiro nacional, com o descarnamento dos bancos públicos.
Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB, para abastecer uma política de alinhamento (‘carnal’, diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA.
A turma da versátil Booz Allen trabalhava em segmentos estanques? Ou aqueles encarregados de assessorar o governo tucano também coletavam informes do interesse imperial no país?(em  Carta Maior)

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