Roberto Marinho, da Globo, e o ditador João B. Figueiredo |
Porque a embaixadora dos
EUA no golpe contra o Lugo no Paraguai chegou ao Brasil, justamente agora?
Este artigo pode ser prematuro, mas é
um compartilhamento sobre algumas suposições e/ou evidências, que à primeira
vista podem parecer pura paranoia, mas, como diz o velho ditado: “Seguro morreu
de velho”, ou “Não adianta chorar sobre o leite derramado”. Você não precisa
concordar, mas, dê uma lida, como se diz, e reflita.
O presidente Lugo foi deposto por um
“golpe branco”, relâmpago, orquestrado pela ala mais conservadora e
oposicionista do Congresso, sob uma pauta de acusações vagas e difusas ao
presidente eleito, quando assumiu o presidente do Congresso como presidente
interino.
Houve fortes e imediatas reações dos
países membros do Mercosul, do qual faz parte o Paraguai – Brasil, Argentina e
Uruguai – suspendendo o pais até que se restabelecesse a legalidade ou se
convocasse novas eleições.
O primeiro país a reconhecer –
imediatamente – o golpe foi os EUA, e, como não poderia deixar de ser, o PSDB,
que mandou um representante seu, o senador Álvaro Dias, para prestar apoio e
solidariedade aos golpistas.
É bom lembrar, que o Paraguai é um dos
países que mantém “relações amistosissimas” com os EUA – o outro é a Colômbia –
tendo inclusive uma base militar daquele país em sua tríplice fronteira,
exatamente com o Brasil e Argentina, e tem planos mais ambiciosos de se
“aquartelaram” com um contingente maior de soldados por lá, sob o pretexto de vigiar a
minúscula comunidade palestina que vive na região.
Este episódio da chegada, agora, da
ex-embaixadora dos EUA, ex-Paraguai à época do golpe, ao Brasil, poderia ser
uma mera coincidência, só que este tipo de coisas – coincidências – não existe
na realidade.
Os rumos das manifestações nas ruas,
aparentemente sem rumo e movida, também, “por uma pauta de reivindicações e
acusações vagas e difusas”, sobretudo a marcação cerrada contra a presidente
Dilma, pode ser muito mais do que uma festiva arruaça.
A súbita mudança de posição e opinião
da velha mídia oposicionista, e golpista, é, estiveram o tempo todo de braços
dados com os generais da ditadura, apoiando as manifestações como vêem fazendo,
pode ser, também, um sintoma de que algo muito sério pode estar se gestando nos
bastidores da oposição em conluio com interesses estadunidenses, como aconteceu
em 64.
Um sintoma sutil é o que se vê no
Facebook. Uma serie de asneiras, idiotices, mesmo, muitas mentiras, imagens e
mensagens forjadas e manipuladas, e sem uma autoria, surgida sabe-se lá de
onde, e que a turma adora “Curtir” e “Compartilhar”, muitas vezes de forma
irrefletida e irresponsável, ou seja, sem sabe exatamente o que está
endossando.
Logo, é bom ficarmos com as “barbas de
molho” e começarmos a refletir e/ou repensar este apoio às manifestações cada
vez maiores e mais confusas que enchem as ruas, para, paranoias à parte, não
fazermos papel de “bobo alegre”, contribuindo para detonar a democracia no
país, que tanto queremos e precisamos aperfeiçoar, provocando um retrocesso nas
conquistas recentes que levamos 500 anos para conseguir.
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