Como diria o Nelson Rodrigues, brasileiro vaia até “minuto
de silêncio”, logo se considerarmos que o “povo” que lotou, e esgotou os 70 mil
ingressos, do Mané Garrincha, em Brasília, levando a família e pagando até 420
reais por ingresso, protestava contra o que? Deve ter achado divertido imitar
os reais manifestantes que estão nas ruas, e na parte de fora do estádio, por
pura diversão.
Esta parcela do “povo” deve fazer parte do contingente
que deixou lá fora este ano, até maio, 8,137 bilhões, enquanto o turista
estrangeiro deixou algo em torno de 500 milhões. De dólares, ou seja, uns 15
bilhões de reais (Dados do Banco Central) dinheiro este que tem um peso
considerável na balança de pagamentos do país e no equilíbrio da economia.
Uma prova de que esta vaia não reflete o sentimento
da “outra parcela do povo”, foi o que aconteceu na abertura do Pan-Americano,
em 2007, no Maracanã, quando o Lula foi vaiado nas mesmas circunstâncias, e
logo depois a Dilma foi eleita à presidência.
Logo, a vaia ontem pode ter sido por qualquer motivo:
habito, tédio ou falta de educação, mesmo, ou grosseria, menos insatisfação genuína
com algo que não esteja indo bem, com os seus bolsos, sobretudo.
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