quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Comércio mundial de armas. Porque a paz parece impossível

Estados Unidos já abocanham 78% das exportações mundiais — e são cada vez mais influenciados por seu próprio “complexo industrial-militar”. Por isso, mídia norte-americana prefere falar da China…[que só detém 3%]
F 15
Há pelo menos duas décadas, os Estados Unidos são o país com balança comercial mais deficitária do planeta. Ao longo de 2012, suas importações superarão as exportações em cerca de 600 bilhões de dólares — algo como o PIB da Suíça ou da Arábia Saudita. Porém, um setor de sua economia foge a esta regra. 

Trata-se da indústria armamentista. Além de ser a mais poderosa do mundo, ela ampliou de forma acelerada sua influência nos últimos cinco anos, revelou no domingo o New York Times. Tira proveito, diretamente, das tensões crescentes que a diplomacia de Washington tem provocado — em especial no Oriente Médio e nas disputas com o Irã.

Os números são impressionantes. Num único ano, 2011, as vendas de armamentos por indústrias norte-americanas mais que triplicaram, saltando de de pouco mais de 21,4 bilhões de dólares para cerca de US$ 60 bilhões. Depois deste avanço, os EUA passaram a abocanhar 78% do comércio mundial de armas, deixando muito atrás concorrentes como Rússia (6%), Europa Ocidental (6%) e China (3%).

O grosso das vendas de armamentos dirigiu-se para a região mais conflagrada do planeta. Só a Arábia Saudita — o prinicipal aliado estratégico dos EUA no Oriente Médio — adquiriu US$ 33,4 bilhões em armas pesadas, inclusive 84 caças F-15 (foto) e dezenas de helicópteros Apache e Black Hawk. 

Seguiram-se a ela duas outras monarquias ultra-conservadoras da Península Arábica, ambas fortemente alinhadas a Washington: Emirados Árabes e Omã. Segundo o New York Times, a causa essencial do aumento extraordinário de vendas foram “as preocupações com as ambições regionais de Teerã”.


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